cover
Tocando Agora:

Tarifas de Trump: veja a nova lista de produtos brasileiros que ficam de fora do tarifaço

EUA retiram tarifas de 40% de café, carnes e outros produtos do Brasil Os EUA anunciaram nesta quinta-feira (20) uma nova lista de produtos que terão a tarifa...

Tarifas de Trump: veja a nova lista de produtos brasileiros que ficam de fora do tarifaço
Tarifas de Trump: veja a nova lista de produtos brasileiros que ficam de fora do tarifaço (Foto: Reprodução)

EUA retiram tarifas de 40% de café, carnes e outros produtos do Brasil Os EUA anunciaram nesta quinta-feira (20) uma nova lista de produtos que terão a tarifa de 40% retirada. A decisão foi publicada pela Casa Branca. Veja a íntegra da decisão. A medida beneficia carne bovina, café, açaí, cacau e diversos outros produtos que foram adicionados à lista de exceções do tarifaço imposto anteriormente ao Brasil pelo presidente norte-americano, Donald Trump. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça A retirada da tarifa vale para produtos que chegaram aos Estados Unidos a partir de 13 de novembro. A data coincide com a reunião entre o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, quando o tema foi discutido. Veja a nova lista de produtos que estão de fora do tarifaço Negociações entre Lula e Trump Diferentemente da ordem executiva da semana passada, que era global, a decisão de hoje se aplica somente ao Brasil. Na ordem desta quinta, Trump cita a conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no início de outubro, e afirma que a retirada das tarifas é resultado das negociações entre os dois governos. "Em 6 de outubro de 2025, participei de uma conversa telefônica com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, durante a qual concordamos em iniciar negociações para abordar as preocupações identificadas no Decreto Executivo 14323. Essas negociações estão em andamento", diz Trump no documento. "Também recebi informações e recomendações adicionais de diversos funcionários [...] em sua opinião, certas importações agrícolas do Brasil não deveriam mais estar sujeitas à alíquota adicional [...] porque, entre outras considerações relevantes, houve progresso inicial nas negociações com o Governo do Brasil", acrescenta o presidente. Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante Encontro com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante o 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático - ASEAN em Kuala Lampur, Malásia. Ricardo Stuckert/Presidência da República Governo brasileiro celebra decisão O governo do Brasil comemorou a retirada da tarifa. O presidente Lula afirmou que está “muito feliz porque o presidente Trump começou a reduzir a taxação de alguns produtos brasileiros". "Essas coisas vão acontecer à medida que a gente conversa”, afirmou. Lula acrescentou que seguirá buscando “diálogo e racionalidade” para eliminar as demais tarifas ainda aplicadas aos produtos brasileiros. Para o Itamaraty, a decisão foi um avanço importante, especialmente por fazer menção às negociações com o Brasil e porque a data retroativa (13 de novembro) coincide com o dia da reunião entre Marco Rubio e Mauro Vieira. O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua, afirmou que a medida é uma “excelente notícia”. Segundo ele, o Brasil volta a competir em condições equilibradas no mercado dos EUA, o que ajuda a estabilizar preços dos produtos. Alívio para exportadores A retirada de taxas do café e da carne, especificamente, representa um alívio para exportadores brasileiros desses produtos. Os Estados Unidos são o principal comprador de café do Brasil e respondem por cerca de 16% de tudo o que o país exporta. Segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), as importações caíram pela metade entre agosto e outubro, na comparação com 2024, por causa do tarifaço. O diretor-geral do Cecafé, Marcos Matos, disse que a decisão é resultado de “um trabalho muito intenso”. "Para nós, é um momento de celebração, um presente de Natal antecipado. Vamos concorrer com nossa sustentabilidade e competitividade em pé de igualdade, como a gente sempre quis", afirmou ao g1. No caso da carne, os EUA eram o segundo maior comprador do produto brasileiro antes do tarifaço, importando 12% de todo o volume que o Brasil vende para o exterior. Em nota, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) comemorou a decisão do governo americano. Segundo a entidade, "a reversão reforça a estabilidade do comércio internacional e mantém condições equilibradas para todos os países envolvidos, inclusive para a carne bovina brasileira."