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Justiça manda soltar prefeito acusado de matar PM em vaquejada no MA e determina uso de tornozeleira eletrônica

Prefeito de Igarapé Grande (MA), João Vitor Xavier, é suspeito de matar a tiros o policial militar Geidson Thiago da Silva Arquivo pessoal O Tribunal de Just...

Justiça manda soltar prefeito acusado de matar PM em vaquejada no MA e determina uso de tornozeleira eletrônica
Justiça manda soltar prefeito acusado de matar PM em vaquejada no MA e determina uso de tornozeleira eletrônica (Foto: Reprodução)

Prefeito de Igarapé Grande (MA), João Vitor Xavier, é suspeito de matar a tiros o policial militar Geidson Thiago da Silva Arquivo pessoal O Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA) concedeu um habeas corpus para o prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier (PDT), acusado de assassinar o policial militar Geidson Thiago da Silva, no município de Trizidela do Vale, no Maranhão, em julho deste ano. Ele estava preso desde 15 de julho, após se entregar à polícia. Clique e se inscreva no canal do g1 Maranhão no WhatsApp A decisão é do desembargador José Joaquim Figueiredo dos Anjos. No documento, a Justiça determinou a soltura de João Vitor sob a condição de que ele seja monitorado com tornozeleira eletrônico. Além disso, ele deve: Comparecer em juízo, a cada 30 dias, para informar e justificar suas atividades; Faça recolhimento domiciliar durante a noite, a partir das 18h e em dias de folga, salvo necessidade de trabalho; Proibição de frequentar bares, boates, casas de jogos e determinação de não manter contato com testemunhas por qualquer meio de comunicação, bem como distanciamento dos mesmos de pelo menos 200 metros; Proibição de ausentar-se da Comarca de Pedreiras. Em agosto, a defesa do prefeito havia pedido a revogação da prisão, mas foi o pedido foi negado. Na época, a justiça também determinou a retirada de postagens em redes sociais, apresentadas pela defesa, por entender que elas não tem relação com o fato apurado e que poderiam ofender a dignidade da vítima, João Vitor está de licença médica do cargo de prefeito pelo período de 125 dias (pouco mais de quatro meses), podendo ser interrompido com seu retorno a qualquer momento. Durante esse período, ele vai continuar recebendo mensalmente o salário como prefeito, de R$ 13.256,08 (líquido). O pedido foi aceito em 9 de julho pela Câmara Municipal de Vereadores de Igarapé Grande. As investigações Prefeito é indiciado por morte de policial em vaquejada Após as investigações, a Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) indiciou o prefeito de Igarapé Grande (MA) pela morte do PM Geidson Thiago da Silva. O inquérito concluiu que João Vitor Xavier (PDT), disparou todos os tiros pelas costas da vítima. Com a conclusão do inquérito policial, o prefeito foi indiciado por homicídio. Segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), João Vitor está preso em uma cela individual com cama e banheiro. O prefeito se entregou na sede da Polícia Civil, em São Luís, um dia após a Justiça aceitar o pedido de busca e apreensão e prisão preventiva realizado pela Delegacia de Pedreiras, que investiga o caso. No dia 14 de julho, o prefeito havia sido procurado na prefeitura e na casa onde mora em Igarapé Grande, mas não tinha sido encontrado. Entenda o caso Prefeito João Vitor Xavier entra em viatura durante prisão em São Luís De acordo com as investigações, João Vitor Xavier atirou contra o PM Geidson Thiago da Silva durante uma confusão em uma vaquejada em Trizidela do Vale (MA). A discussão teria sido causada pelo fato de o policial ter pedido para o prefeito reduzir a luz dos faróis do carro, porque a luz forte estaria incomodando as pessoas no local. Testemunhas apontaram que houve uma confusão entre o prefeito e o PM, e João Vitor Xavier teria sacado uma arma e efetuado disparos contra o policial, que estava de folga. Os tiros teriam sido pelas costas. O PM ainda chegou a ser socorrido e levado a um hospital em Pedreiras, mas devido à gravidade dos ferimentos, foi transferido para uma unidade com mais estrutura. No entanto, ele não resistiu e morreu durante o atendimento. O policial era lotado no 19º Batalhão de Polícia Militar. Ele foi sepultado no dia 8 de julho. A defesa do prefeito alega que João agiu em legítima defesa, pois o policial militar teria sacado uma arma durante a discussão. No entanto, a investigação da Polícia Civil concluiu que a vítima foi morta pelas costas. Um dia após o crime, o próprio prefeito se apresentou, na Delegacia de Presidente Dutra, onde prestou depoimento, mas foi liberado. Segundo o delegado Ricardo Aragão, superintendente de Polícia Civil do Interior, ele não ficou preso, na época, porque 'não havia flagrante'. Leia também: Corpo de policial militar morto por prefeito em vaquejada no MA é sepultado Prefeito suspeito de matar PM em vaquejada se apresenta à polícia no MA e é liberado após depor Prefeito que matou PM em vaquejada diz à polícia que arma foi 'presente' de eleitor Vídeo mostra confusão que terminou com policial morto a tiros no Maranhão; prefeito é suspeito O que diz a defesa Prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier, de 27 anos. Divulgação/Redes sociais A defesa do prefeito alega que João agiu em legítima defesa, pois o policial militar teria sacado uma arma durante uma discussão relacionada ao farol ligado do carro do prefeito. No entanto, a investigação da Polícia Civil concluiu que a vítima foi morta pelas costas. PERFIL: Quem é o prefeito que confessou ter matado PM a tiros em vaquejada no Maranhão No depoimento prestado à Polícia Civil, João afirmou que jogou a arma no local do crime, mas o armamento ainda não foi encontrado. Imagens de uma câmera de segurança (veja abaixo), registradas no dia do crime, também não mostram o prefeito descartando a arma em nenhum ponto da cena. Prefeito de Igarapé Grande é suspeito de matar PM em vaquejada Em relação à posse da arma, João afirmou que o revólver calibre .38, utilizado no crime, havia sido adquirido há dois anos, como um presente de um eleitor. O prefeito também declarou que a arma não possuía registro nem autorização para posse. Uma das imagens coletadas pela polícia mostra um homem, que seria o prefeito João Vitor, se dirigindo até um carro preto, de onde parece pegar um objeto. Em seguida, ele caminha em direção a um grupo de pessoas, onde há uma aglomeração e, por fim, corre de volta ao veículo e vai embora. De acordo com o delegado de Pedreiras, Diego Maciel, as imagens foram registradas no local da vaquejada onde estavam o policial militar e o prefeito.