'Enterraram meu cunhado sem a gente saber': Irmã de brasileiro morto com companheiro americano em MG pede justiça

Dois são presos em Governador Valadares após polícia investigar morte de casal gay A irmã de Everaldo Gregório, que morreu envenenado em junho deste ano em...

Dois são presos em Governador Valadares após polícia investigar morte de casal gay A irmã de Everaldo Gregório, que morreu envenenado em junho deste ano em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, afirmou em entrevista que a família soube da internação e da morte do cunhado, o americano Thomas Stephen Lydon, apenas depois do enterro. A morte do casal foi tratada, inicialmente, como decorrente de causas naturais. Entretanto, Cíntia Gregório relatou que desconfiava do comportamento da irmã e do amigo do casal, que agora são investigados pela Polícia Civil. “Enterraram meu cunhado sem avisar a família. A gente só descobriu porque uma das minhas irmãs, que mora nos Estados Unidos, ficou sabendo e contou pra gente”, disse Cíntia. 📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 Vales no WhatsApp Ela contou que cuidava do irmão, de 60 anos, e do companheiro dele, de 65, antes da chegada da irmã e do amigo. Segundo ela, o casal vinha tratando problemas de saúde, e o convívio entre eles era próximo. No entanto, a relação mudou após a aproximação dos dois suspeitos. “Eu arrumava a casa, lavava roupa, fazia comida, ajudava nas consultas e exames. Depois que minha irmã e o amigo apareceram, meu irmão me dispensou. Eu senti que alguma coisa ia dar errado”, relatou. Desconfiança e ameaças Everaldo Gregório de Souza, de 60 anos, morou nos Estados Unidos com o companheiro por 30 anos Redes sociais Cíntia disse que passou a desconfiar ainda mais dos dois depois que Everaldo foi internado e ninguém da família foi avisado. “Quando a gente chegou ao hospital, meu irmão já estava entubado. O médico disse que não havia mais o que fazer. Foi muito difícil”, contou. Ela afirma que, mesmo tentando buscar informações sobre o estado de saúde do irmão, não conseguia acesso a documentos e dados médicos. Casal gay morto por envenenamento em MG: veja o que se sabe sobre o caso Segundo Cíntia, havia uma procuração assinada em nome da irmã e do amigo de Everaldo, que impedia outros familiares de conseguir informações. Cíntia relatou ainda que depois da morte do irmão, passou a ser perseguida. “O amigo deles começou a me perseguir, jogar o carro em cima de mim. Eu fiquei com medo e procurei a polícia”, disse. Ela afirma que, desde então, vive em alerta e cobra que o caso seja investigado até o fim. “Eu não quero vingança. Quero justiça. Que a verdade apareça e que meu irmão descanse em paz”, declarou. Entenda o caso Everaldo Gregório de Souza, de 60 anos, e Thomas Stephen Lydon, de 65, foram mortos em junho Redes sociais Everaldo Gregório e o companheiro dele, Thomas, mantinham um relacionamento há mais de 30 anos. Eles morreram com em circunstâncias que ainda estão sendo investigadas pela Polícia Civil de Governador Valadares. Thomas morreu em 20 de junho, e Everaldo, seis dias depois, em 26 de junho. Os dois estavam sob os cuidados de uma das irmãs de Everaldo e de um amigo do casal, que agora são considerados suspeitos. As investigações apontam que o cunhado morreu primeiro e foi enterrado sem o conhecimento da família. Pouco depois, Everaldo foi internado em estado grave e também morreu. Há suspeitas de que os dois investigados tenham se aproveitado da situação para obter vantagem sobre bens e documentos das vítimas. A Polícia Civil informou que o caso segue sob investigação e que os suspeitos permanecem presos preventivamente. VEJA TAMBÉM: Mortes tratadas como naturais viram caso de polícia após investigação revelar trama contra americano e seu companheiro em MG Casal gay morto por envenenamento em MG: veja o que se sabe sobre o caso ‘Matei mesmo, cansei de apanhar’, diz mulher após matar o companheiro na zona rural de Coroaci Vídeos do Leste e Nordeste de Minas Gerais Veja outras notícias da região em g1 Vales de Minas Gerais.