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Deputado cria projeto para proteger agentes de segurança ameaçados em SP após execução de ex-delegado

Tenente Coimbra (PL) apresentou PL de proteção a agentes de segurança após morte de Ruy Ferraz Fontes (à dir.) Vanessa Rodrigues/Arquivo A Tribuna Jornal e...

Deputado cria projeto para proteger agentes de segurança ameaçados em SP após execução de ex-delegado
Deputado cria projeto para proteger agentes de segurança ameaçados em SP após execução de ex-delegado (Foto: Reprodução)

Tenente Coimbra (PL) apresentou PL de proteção a agentes de segurança após morte de Ruy Ferraz Fontes (à dir.) Vanessa Rodrigues/Arquivo A Tribuna Jornal e Reprodução/TV Globo A morte do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, executado a tiros após uma emboscada em Praia Grande, no litoral de São Paulo, motivou o deputado estadual Tenente Coimbra (PL) a apresentar um projeto de lei que prevê proteção do estado a agentes de segurança em risco. O PL 975/2025 foi protocolado na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) na quarta-feira (17). A proposta inclui policiais civis, militares e penais aposentados, além de servidores da segurança pública na ativa e deputados estaduais que estejam sob ameaça. Ruy foi delegado-geral de São Paulo entre 2019 e 2022. Ele foi morto na noite de segunda-feira (15), após cumprir expediente como secretário de Administração na prefeitura. Atuou por mais de 40 anos na Polícia Civil e teve papel importante no combate ao crime organizado. Segundo Coimbra, o projeto busca evitar casos como o de Ruy, que estava sem escolta e usava o carro da esposa, sem blindagem. “Essa lacuna legal coloca em risco a integridade física de servidores que dedicaram suas vidas à segurança pública”, diz o trecho da justificativa. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) afirmou que delegados-gerais e adjuntos aposentados podem solicitar escolta, mas o pedido precisa ser feito pelo próprio interessado. Para Coimbra, a proteção deve ser mais ampla. “Hoje o combate ao crime organizado é multitarefa, ele é interagências (envolve uma ou mais agências). Temos que preservar todas as instituições para que continuem fazendo o trabalho contra essas organizações criminosas, sejam elas policiais militares, civis, penais, sejam agentes políticos, sejam agentes do judiciário”, afirmou em entrevista ao g1. Entenda o que se sabe sobre a execução do delegado Ruy Ferraz Fontes Ele defende que o estado ajude a preservar a vida de quem enfrenta o crime organizado. Segundo o parlamentar, muitos servidores, incluindo promotores, políticos e policiais, estão ameaçados de morte por facções criminosas. “É importante para a gente, primeiro, preservar a vida de quem já atuou do estado e, segundo, estimular que os agentes públicos e os policiais continuem nessa luta constante e árdua contra o crime organizado no estado de São Paulo”, disse o deputado. Como será a aplicação da lei Segundo o projeto, a SSP ficará responsável por analisar os pedidos de proteção, mediante avaliação técnica do risco. A pasta poderá determinar medidas como escolta temporária, reforço na segurança residencial e sigilo de dados em cadastros públicos. O Poder Executivo será responsável por regulamentar a proteção, garantindo critérios, proporcionalidade e flexibilidade, com medidas personalizadas para cada situação. O projeto será encaminhado para tramitação nas Comissões Temáticas da Alesp. Após apreciação, deve ir a plenário. Veja cronologia do assassinato de Ruy Ferraz: Infográfico: ex-delegado-geral de SP é assassinado no litoral sul Arte/g1 VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos