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'Crime da 113 Sul': STJ publica decisão e devolve processo de Adriana Vilella à 1ª instância; MP deve recorrer

Crime da 113 Sul: quem é Adriana Villela, acusada de mandar matar os próprios pais O Superior Tribunal de Justiça (STJ) publicou, nesta sexta-feira (19), a d...

'Crime da 113 Sul': STJ publica decisão e devolve processo de Adriana Vilella à 1ª instância; MP deve recorrer
'Crime da 113 Sul': STJ publica decisão e devolve processo de Adriana Vilella à 1ª instância; MP deve recorrer (Foto: Reprodução)

Crime da 113 Sul: quem é Adriana Villela, acusada de mandar matar os próprios pais O Superior Tribunal de Justiça (STJ) publicou, nesta sexta-feira (19), a decisão sobre a anulação da condenação de Adriana Vilella – acusada de ser a mandante do assassinato dos próprios pais e da empregada doméstica da família. O STJ anulou a punição, no último dia 2, por identificar cerceamento de defesa. Segundo o processo, os vídeos dos depoimentos dos executores do crime só foram disponibilizados aos advogados de Adriana somente no sétimo dia de julgamento, em 29 de setembro de 2019. 📌 Os vídeos desses depoimentos foram exibidos em primeira mão no documentário "Crime da 113 Sul", lançado pelo Globoplay em fevereiro deste ano. O Ministério Público do Distrito Federal tem, agora: cinco dias para apresentar embargos (pedir esclarecimentos de pontos específicos da decisão); 15 dias para enviar outros tipos de recurso. Ao g1, o órgão disse que irá analisar os termos do acórdão e que pretende recorrer. A anulação é referente a dois marcos cruciais do julgamento: a sessão de julgamento do Tribunal do Júri — em que Adriana foi condenada; a própria decisão de pronúncia — quando o caso é enviado para o Tribunal do Júri, em vez da análise por juízes. Com a decisão, Adriana volta a ser ré pelos crimes, mas as provas e os depoimentos colhidos desde 2010 estão anulados. O processo volta para a 1ª instância, para a fase de instrução processual — em que a acusação e a defesa coletam e apresentam provas, antes que o juiz tome uma decisão definitiva. O objetivo é que a defesa, desta vez, tenha acesso a todo o material, segundo o STJ. O juiz pode revalidar parte do material anulado, determinar novas diligências e, ao fim, decidir se convoca um novo júri popular para esse processo. Crime pode prescrever? Entenda aqui. Crime da 113 Sul ganha série documental no Globoplay Entenda o caso Em 2009, no sexto andar do bloco C da 113 Sul, quadra nobre de Brasília, foram assassinados: O pai de Adriana Villela, José Guilherme Villela, de 73 anos e ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com 38 facadas; A mãe de Adriana, Maria Carvalho Mendes Villela, de 69 anos e advogada, com 12 facadas; A empregada doméstica da família, Francisca Nascimento da Silva, de 58 anos, com 23 facadas. Os corpos foram achados, já em estado de decomposição, em 31 de agosto de 2009, na Asa Sul. Maria Carvalho Mendes Villela e José Guilherme Villela, mortos em 2009 em apartamento na Asa Sul Arquivo pessoal A perícia demonstrou que as vítimas foram assassinadas em 28 de agosto de 2009, por volta das 19h15. Adriana Villela é acusada de ser a mandante do crime. Com a decisão do STJ, de anular a condenação, Adriana voltou a ser ré. Infográfico - Veja linha do tempo do Crime da 113 Sul na Justiça Arte/g1 Condenação cancelada Adriana Villela tinha sido condenada por três assassinatos: do pai, o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela; da mãe, Maria Villela; e da empregada da família, Francisca Nascimento. As mortes aconteceram em agosto de 2009 – e completaram 16 anos em 2025. Em 2019, o tribunal do júri sentenciou Adriana Villela a 67 anos e 6 meses de reclusão pelo assassinato das três pessoas. A pena foi definida em 67 anos e 6 meses em 2019 e, em segunda instância, reduzida para 61 anos e 3 meses em 2022. Ao longo do processo, a defesa afirmava que Adriana Villela é inocente. Já o Ministério Público do Distrito Federal pedia a execução imediata da pena de Adriana Villela. Com a nova decisão, Adriana Villela não cumprirá essa pena, e o caso voltará ser analisado. Adriana Villela em entrevista para a série documental "Crime da 113 Sul", do Globoplay Globo/ Divulgação LEIA MAIS: VÍDEO: mulher em situação de rua é agredida por vigilante na UnB Portas quebradas, pneus carecas e fumaça: funcionários denunciam condições precárias de ambulâncias do Iges no DF Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.