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Chica da Silva inspira nova ópera no Palácio das Artes

Orquestra Sinfônica de Minas Gerais Herbert Cabral / Reprodução TV Globo A Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, o Coral Lírico e Cia. de Dança do Palácio...

Chica da Silva inspira nova ópera no Palácio das Artes
Chica da Silva inspira nova ópera no Palácio das Artes (Foto: Reprodução)

Orquestra Sinfônica de Minas Gerais Herbert Cabral / Reprodução TV Globo A Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, o Coral Lírico e Cia. de Dança do Palácio das Artes, que integram o corpo artístico da Fundação Clóvis Salgado, preparam uma nova ópera, com data de estreia prevista para setembro de 2026. O espetáculo inédito terá como foco uma personagem histórica, que marcou o período colonial em Minas Gerais: Chica da Silva. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 MG no WhatsApp O Terra de Minas que vai ao ar na tarde deste sábado (20) na TV Globo vai mostrar os bastidores e a história da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais. Criada em 1976, a orquestra é reconhecida por sua versatilidade para executar óperas clássicas, contemporâneas, balés, concertos eruditos e populares. Chica da Silva Pintura de Chica da Silva Reprodução / TV Globo Francisca da Silva de Oliveira nasceu no fim do século XVIII e viveu no Arraial do Tijuco – hoje, Diamantina. Ex-excravizada, tornou-se símbolo de questões sociais e históricas. Ela foi tema de diversas produções, na literatura, no cinema e na televisão. Mas, de acordo com o presidente da Fundação Clóvis Salgado, Sérgio Reis, a nova montagem vai lançar um outro olhar sobre ela. “Chica da Silva já foi muito retratada de forma folclórica. Agora a gente está trazendo a personagem real: quem foi essa mulher à frente do seu tempo, que trouxe naquela época tanta palavra de empoderamento feminino [...]. Naquela época, ela fazia isso, mas acabou que foi muito folclorizada”, afirma. A maestra da Sinfônica, Ligia Amadio, é quem assina direção musical e a regência da ópera. O espetáculo terá música de Guilherme Bernstein, libreto de Marcos Bernstein e direção-geral de Cláudia Malta (confira a equipe de criação completa ao final). Para a produção, batizada de “Chica”, tudo será novidade: música, figurino e cenários. Um trabalho de preparação de quase dois anos. “A gente vai até a cidade que nos inspira, a região, que é Diamantina, no caso. E começa a descobrir a musicalidade, a cor daquele lugar, como é que aquele povo é, como é que aquele povo se relaciona com essa história e, a partir dessa relação, de uma relação de troca, é que a gente estabelece esse momento da criação, e que o espetáculo nasce”, conta o presidente da Fundação Clóvis Salgado. Nos últimos anos, as óperas produzidas no Palácio das Artes têm valorizado a cultura de Minas Gerais. Em 2022, “Aleijadinho” destacou o mestre do barroco mineiro. Em 2023, “Matraga” levou para o palco o universo de Guimarães Rosas. Já no ano passado, “Devoção” narrou uma história de coragem e fé. Nos três casos, as produções tiveram pré-estreia em locais marcantes para as histórias. Ouro Preto, berço de Aleijadinho; a gruta de Maquiné, em Cordisburgo, terra natal de Guimarães Rosa; e Congonhas, onde está localizado o santuário de Bom Jesus de Matozinhos. A ópera sobre Chica da Silva também deve passar pelo principal cenário da trama: a histórica Diamantina. Vídeos mais vistos do g1 Minas: