Por que o controle de glicemia é importante e como manter os níveis equilibrados
— Foto: Crédito: Adobe Stock Fazer o controle de glicemia é mais do que uma recomendação médica para quem tem diabetes. É um cuidado que afeta todo o f...

— Foto: Crédito: Adobe Stock Fazer o controle de glicemia é mais do que uma recomendação médica para quem tem diabetes. É um cuidado que afeta todo o funcionamento do corpo. Quando os níveis de açúcar no sangue ficam desregulados por muito tempo, o risco de complicações aumenta e muito. Problemas como cansaço constante, visão embaçada, infecções frequentes, alterações no humor e até dificuldades de cicatrização podem ser reflexos da glicose fora do controle. E, com o passar do tempo, isso pode evoluir para quadros mais sérios como doenças cardiovasculares, insuficiência renal e lesões nos nervos. A boa notícia é que, com hábitos simples e consistentes, é possível manter a glicemia sob controle, mesmo quem já convive com diabetes tipo 1, tipo 2 ou está no estágio de pré-diabetes. O que é glicemia e por que ela oscila? A glicemia é a quantidade de glicose (açúcar) presente no sangue. Nosso corpo usa a glicose como fonte principal de energia, mas ela precisa estar em equilíbrio. Quando comemos, principalmente alimentos ricos em carboidratos, a glicemia sobe. A insulina, hormônio produzido pelo pâncreas, entra em ação para regular essa taxa, direcionando a glicose para dentro das células. O problema acontece quando há resistência à insulina (caso comum no diabetes tipo 2) ou quando o corpo não produz insulina suficiente (como no tipo 1). Nesses casos, a glicose permanece no sangue em níveis altos, o que pode causar danos ao longo do tempo. Mesmo quem ainda não tem diagnóstico precisa prestar atenção, porque a pré-diabetes pode passar despercebida por anos e evoluir sem aviso. Como saber se a glicemia está alterada? Os exames de sangue são a forma mais segura de saber como anda a glicemia. O mais comum é a glicemia de jejum, que mede os níveis de açúcar após 8 horas sem comer. Outros exames importantes são: Hemoglobina glicada: mostra a média da glicemia nos últimos três meses. Teste oral de tolerância à glicose: avalia como o corpo reage após a ingestão de glicose. Mas, além dos exames, algumas pessoas percebem no dia a dia sintomas como: Sede excessiva; Vontade de urinar com frequência; Fome exagerada ou perda de peso repentina; Cansaço sem motivo; Visão turva; Feridas que demoram para cicatrizar. Se você já tem diagnóstico, o ideal é manter uma rotina de aferição com os equipamentos adequados. O Espaço do Diabético da Drogal oferece produtos e acessórios específicos para o dia a dia, incluindo tiras, lancetas e medidores. Como fazer o controle de glicemia no dia a dia? Controlar a glicemia exige um conjunto de cuidados, mas nenhum deles precisa ser complicado. O segredo está na constância. 1. Alimentação equilibrada Evitar picos de glicose começa pelo prato. Priorizar alimentos com baixo índice glicêmico, como vegetais, leguminosas, cereais integrais e proteínas magras, ajuda a manter a glicose estável por mais tempo. Algumas dicas: Coma em horários regulares; Evite sucos industrializados e refrigerantes; Inclua fibras em todas as refeições; Troque o arroz branco pelo integral; Não pule refeições (isso pode causar hipoglicemia). Alimentos ricos em fibras e proteínas ajudam a reduzir a velocidade de absorção da glicose. Já os carboidratos simples, como pão branco, doces e massas refinadas, devem ser consumidos com moderação e sempre combinados com outros nutrientes. 2. Exercícios físicos Movimentar o corpo ajuda a melhorar a sensibilidade à insulina, reduzindo os níveis de glicose no sangue. O ideal é: Escolher uma atividade que você goste (caminhada, bicicleta, dança, natação); Começar devagar, especialmente se estiver sedentário; Tentar manter a regularidade, mesmo que seja 3 vezes por semana; Monitorar a glicemia antes e depois do exercício, se você já usa insulina. E não precisa ser nada extremo: caminhadas diárias de 30 minutos já fazem diferença. 3. Suplementação e complementos alimentares Em alguns casos, principalmente quando a alimentação não supre todas as necessidades, o uso de complementos pode ser indicado pelo médico ou nutricionista. Existem suplementos com fibras, vitaminas e minerais que auxiliam no metabolismo da glicose e evitam picos. O ideal é usar com orientação, mas vale conhecer as opções no setor de complementos alimentares da Drogal, principalmente os voltados para quem tem diabetes. 4. Sono e estresse Dormir mal ou viver sob estresse constante pode atrapalhar o controle da glicemia. O cortisol, hormônio do estresse, interfere diretamente nos níveis de açúcar no sangue. Tente: Ter uma rotina de sono (deitar e acordar nos mesmos horários); Desligar o celular ao menos 30 minutos antes de dormir; Evitar café à noite; Praticar atividades que relaxem: leitura, meditação, respiração profunda. “O controle de glicemia vai muito além do uso de medicamentos. Manter uma alimentação equilibrada, ter uma rotina de exames e o monitoramento diário fazem parte do cuidado completo”, explica Eliane Messias, farmacêutica responsável da Rede Drogal. 5. Acompanhamento médico e uso de medicamentos Algumas pessoas conseguem controlar a glicemia apenas com alimentação e atividade física. Outras precisam de medicação oral ou insulina. Tudo depende do tipo de diabetes, da fase da doença e da resposta do organismo. O importante é: Não abandonar o tratamento, mesmo se os sintomas sumirem; Tomar os medicamentos no horário certo; Relatar qualquer efeito colateral ao médico; Fazer exames periódicos para acompanhar a evolução. A tecnologia também ajuda: no Espaço do Diabético da Drogal, você encontra os monitores de glicemia que permitem acompanhar seus níveis em casa, com precisão e segurança. — Foto: Crédito: Adobe Stock O que acontece quando a glicemia não está sob controle? O descontrole glicêmico, quando frequente, pode levar a uma série de complicações sérias, como: Retinopatia diabética (comprometimento da visão); Nefropatia (problemas renais); Neuropatia (lesões nos nervos, com formigamento e perda de sensibilidade); Doenças cardiovasculares; Pé diabético (feridas que não cicatrizam e podem levar à amputação). Por isso, o cuidado precisa ser diário. Pequenos ajustes de rotina fazem diferença e ajudam a evitar danos que podem ser irreversíveis. Controlar a glicose não significa abrir mão da sua rotina, mas sim adaptar com inteligência. E com informação e os produtos certos, dá para viver bem e com liberdade. Farmacêutica responsável Eliane Messias Rodrigues - CRF ativo: CRF/SP 43.895 Semaglutida serve para diabéticos? Entenda sobre o medicamento