Operação contra lavagem de dinheiro para o PCC: segundo empresário investigado se apresenta à polícia
Operação contra lavagem de dinheiro para o PCC: segundo empresário investigado se apresenta à polícia Vitória Bacelar/g1 O empresário Danilo Coelho de So...
Operação contra lavagem de dinheiro para o PCC: segundo empresário investigado se apresenta à polícia Vitória Bacelar/g1 O empresário Danilo Coelho de Sousa se apresentou ao Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) na tarde desta quinta-feira (6), junto com a esposa Thayres Leite Moura Coelho. Danilo é alvo da Operação Carbono Oculto 86, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro de R$ 5 bilhões ligado à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). ✅ Siga o canal do g1 Piauí no WhatsApp Durante a manhã, o empresário Haran Santhiago Girão Sampaio e a esposa Thamyres Leite Moura Sampaio também se apresentaram, na companhia de um advogado. Segundo o delegado Laércio Evangelista, que irá conduzir a investigação, o advogado de Haran e Thamyres levou os clientes ao Draco de forma espontânea para que eles ficassem cientes das medidas cautelares que deverão cumprir. Danilo Coelho de Sousa, também alvo, se apresentou com a esposa Thayres Leite Moura Coelho, com o mesmo objetivo. A Justiça determinou a apreensão dos passaportes de Haran Santhiago, Thamyres Leite, Daniloo Coelho e Thayres Leite em até 48h. Eles não poderão sair do Brasil. Intercepção em aeroportos Investigados por lavar dinheiro para o PCC são alvos de busca em aeroportos Os dois empresários foram interceptados nos aeroportos de Guarulhos e Teresina entre a noite de quarta-feira (5) e a madrugada desta quinta-feira (6) após viajarem às vésperas da operação. Eles ainda serão interrogados formalmente, segundo o delegado. "Ficou combinado deles prestarem interrogatório formalmente sobre o inquérito. O advogado ainda não teve acesso aos autos do processo e isso já está sendo providenciado. Quando ele tiver acesso ao conteúdo irá apresentar o cliente para interrogatório", explicou o delegado. O delegado Anchieta Nery, diretor de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Piauí, destacou que a investigação se desdobra em diferentes vertentes. Segundo ele, dois dos três inquéritos relacionados à operação devem ser concluídos em breve. Entenda as medidas cautelares impostas aos investigados na Operação Carbono Oculto 86: Aos empresários Haran Santhiago Girão Sampaio e Danillo Coelho de Sousa, e as respectivas esposas Thamyres Leite de Moura Sampaio e Thayres Leite Moura Coelho, a Justiça determinou que entregassem os passaportes em até 48h. Eles não poderão sair do Brasil. Os dois casais também não podem se comunicar entre si. Além disso, Haran Santhiago, Danillo Coelho e os demais investigados, Moisés Eduardo Soares Pereira, Salatiel Soido de Araújo, Denis Alexandre Jotesso Villani e João Revoredo Mendes Cabral Filho, deverão comparecer à polícia quando intimados, não poderão sair de Teresina e mudar de endereço sem autorização judicial prévia. Eles também estão proibidos de se comunicarem uns com outros pessoalmente e virtualmente. LEIA TAMBÉM Polícia vai investigar vazamento de operação contra o PCC após encontrar caixas vazias de relógios na casa de investigado Veja lista de postos interditados em operação que investiga esquema de lavagem de R$ 5 bilhões para o PCC Avião e Porsche de meio milhão são apreendidos em operação contra o PCC De acordo com o delegado Laercio Evangelista, coordenador do Draco, o empresário e a esposa se apresentaram ao Departamento para ficarem cientes sobre as medidas cautelares que deverão cumprir. A Justiça determinou que eles compareçam ao tribunal sempre que forem intimados. Eles estão proibidos de sair de Teresina e mudar de endereço e se comunicar com os demais investigados. Como era o esquema A operação apura um esquema de lavagem de dinheiro estimado em R$ 5 bilhões. Além dos postos de combustíveis, o grupo usaria empresas de fachada, fundos de investimento e fintechs para movimentar recursos e ocultar o patrimônio do PCC. Segundo os investigadores, os empresários locais estão ligados aos mesmos fundos e operadores já identificados na Operação Carbono Oculto, considerada a maior já realizada contra o crime organizado no Brasil. Para dificultar a identificação dos reais beneficiários, os suspeitos usaram nomes de laranjas, constituíram fundos e usaram fintechs para movimentações financeiras, mesmo modo de operação verificado na outra operação. A investigação aponta ainda que os postos vendiam combustível adulterado e que usaram fraude fiscal para deixar de pagar milhões de reais em impostos. Empresário alvo de operação por lavar dinheiro para o PCC presta depoimento Kelvyn Coutinho VÍDEOS: assista aos vídeos mais vistos da Rede Clube