Governo do DF nega ter privilegiado Bolsonaro e diz que pediu exames porque quadro clínico é 'público'
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão Pablo Porciuncula/AFP O governo do Distrito Federal negou, em nota enviada à Câmar...
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão Pablo Porciuncula/AFP O governo do Distrito Federal negou, em nota enviada à Câmara Legislativa, que tenha adotado tratamento privilegiado ao pedir exames médicos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no início de novembro, antevendo uma possível prisão do político. Segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seape), esse pedido só foi antecipado porque o quadro clínico de Bolsonaro é "público". De acordo com a pasta, a avaliação médica é obrigatória para todos os internos, mas costuma ocorrer quando os custodiados entram no sistema prisional. "Na maioria das situações, esta Secretaria toma conhecimento do estado de saúde dos custodiados apenas após o ingresso no sistema prisional. No presente caso, entretanto, as informações sobre o quadro clínico do sentenciado são públicas e constam formalmente do processo judicial", aponta a Seape. A secretaria afirmou ainda que, quando há entendimento prévio de comorbidade ou quadro clínico debilitado, a Seape adota medidas imediatas para "garantir a avaliação médica e as condições adequadas de custódia" – dieta especial, por exemplo. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias do DF em tempo real e de graça O ofício foi enviado à Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal. O colegiado pediu que a administração do sistema prisional do DF usasse o mesmo protocolo adotado para o ex-presidente Bolsonaro para todos os mais de 27 mil detentos da capital. Embora a definição do local para cumprimento da pena só seja feita após o fim da fase de análise de recursos, uma das hipóteses é que Bolsonaro seja encaminhado à Papuda, presídio de segurança máxima no DF. Infográfico: Veja locais onde Jair Bolsonaro pode cumprir pena Arte/g1 Condenação de Bolsonaro Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses em julgamento concluído no dia 11 de setembro. A condenação prevê ainda que a pena deve ser cumprida em regime inicialmente fechado, já que a pena é superior a oito anos. O ex-presidente cumpre ainda, desde agosto, prisão domiciliar preventiva por outra investigação conduzida pelo STF. Bolsonaro está preso em sua casa, no Jardim Botânico, em Brasília, devido ao inquérito que investiga as ações de seu filho, Eduardo Bolsonaro (PL) por ações contra autoridades brasileiras nos Estados Unidos. LEIA TAMBÉM: ENTENDA: veja prazos de Bolsonaro e outros condenados da trama golpista depois da publicação do acórdão VISITA À PAPUDA: senadores aliados de Bolsonaro fazem 'visita técnica' à Papuda antes de possível prisão Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.