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Entenda como empresa vai rebaixar 17 metros de reservatório de usina após falhas em drenos em MT

rio seca após usina hidrelétrica reduzir nível de reservatório A Eletrobras adotou uma medida de rebaixamento do nível do reservatório da Usina Hidrelétr...

Entenda como empresa vai rebaixar 17 metros de reservatório de usina após falhas em drenos em MT
Entenda como empresa vai rebaixar 17 metros de reservatório de usina após falhas em drenos em MT (Foto: Reprodução)

rio seca após usina hidrelétrica reduzir nível de reservatório A Eletrobras adotou uma medida de rebaixamento do nível do reservatório da Usina Hidrelétrica de Colíder, localizada no Rio Teles Pires, e já reduziu mais de três metros de água do local até essa quarta-feira (20). O procedimento foi implantado na última sexta-feira (15), após o status do nível de segurança da estrutura ter sido alterado para “Alerta”, depois que quatro dos 70 drenos da barragem apresentarem falhas na vazão. De acordo com a Eletrobras, o rebaixamento do reservatório deve atingir até 17 metros até o próximo mês, com uma redução diária prevista de meio metro. O procedimento está sendo realizado após vistoria da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema-MT). A redução no nível da água do reservatório provocou impactos visíveis, como o surgimento de bancos de areia, a dificuldade de navegação para moradores da região e o risco de mortandade de peixes. Em municípios como Paranatinga e Alta Floresta, festivais chegaram a ser cancelados em razão do rebaixamento. Os problemas começaram após a Eletrobras iniciar o procedimento emergencial de segurança na usina. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MT no WhatsApp Nessa terça-feira (19), o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) deu o prazo de cinco dias para que a Eletrobras, junto à Sema-MT e outros órgãos, apresentem o Plano de Ação Emergencial (PAE), o Plano de Segurança da Barragem, os relatórios de segurança e os estudos ambientais elaborados nos últimos cinco anos, após moradores de Itaúba, a 599 km de Cuiabá, denunciarem a morte de peixes e dificuldades de navegação no rio. A Usina de Colíder foi adquirida pela Eletrobras em maio deste ano e, segundo a empresa, na época a usina já se encontrava em estado de “Atenção” na classificação de segurança de barragens. No entanto, em agosto, menos de um mês após a aquisição da hidrelétrica, o status mudou e entrou no modo de “Alerta”. Ao g1, a empresa responsável pela usina informou que a mudança de classificação não deve ser motivo de alarde, já que se trata de uma medida preventiva, voltada à proteção e ao monitoramento da estrutura. Além disso, a Eletrobras disse ainda que atua com medidas emergenciais e preventivas para conter possíveis riscos estruturais na barragem, enquanto tenta minimizar impactos ambientais. Apresentação do plano Região da barragem Reprodução google maps Após o MPMT solicitar o PAE, a Eletrobas informou em nota que levou a questão ao acompanhamento do Ministério Público, "reforçando a transparência da empresa quanto a seus procedimentos de segurança e cuidado socioambiental". Segundo a empresa, todos os documentos solicitados estão sendo encaminhados. Diante da gravidade da situação e dos potenciais riscos à vida humana e ao meio ambiente, o MPMT requisitou relatórios técnicos atualizados sobre os problemas identificados nos drenos, as ações emergenciais já adotadas e os documentos relacionados aos impactos ambientais. Além da Eletrobras, o Ministério Público também solicitou informações à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), à Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), à Defesa Civil Estadual e à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). Esses órgãos devem apresentar mapeamentos de áreas e comunidades em risco, medidas de proteção em curso, dados sobre impactos ambientais verificados e ações de mitigação. À Eletrobras, o MPMT ainda determinou o envio de relatórios diários sobre o monitoramento da barragem e do reservatório, além de pareceres técnicos de especialistas independentes. Trecho afetado pela baixa do nível de água MPMT