Amapá lidera uniões consensuais no Brasil; 269 menores vivem em união conjugal no estado
Censo: Brasil tem 34 mil crianças e adolescentes de até 14 anos em uniões conjugais O Amapá tem o maior índice de uniões consensuais do Brasil. Segundo da...
Censo: Brasil tem 34 mil crianças e adolescentes de até 14 anos em uniões conjugais O Amapá tem o maior índice de uniões consensuais do Brasil. Segundo dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quarta-feira (5), 62,6% dos casais vivem juntos sem casamento civil ou cerimônia religiosa. No estado, 269 crianças e adolescentes vivem em união conjugal, o equivalente a 0,8% do total nacional. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 AP no WhatsApp Pela primeira vez, as uniões consensuais ultrapassaram os casamentos formais no Brasil. Entre os brasileiros com 15 anos ou mais que vivem em união conjugal, 36,2% estão em união consensual, 34,3% são casados no civil e religioso, 19,7% apenas no civil e 9,7% apenas no religioso. Além do Amapá, outros estados da Região Norte também apresentaram altos percentuais de uniões consensuais: Amazonas (58,3%), Acre (57,3%), Roraima (56,9%) e Pará (55,3%). Esses números contrastam com os estados do Sul e Sudeste, onde os casamentos formais ainda predominam. Em Santa Catarina, por exemplo, 58,3% dos casais são casados no civil e religioso, e apenas 21,4% vivem em união consensual. Especialistas apontam que a dificuldade de acesso a cartórios, os custos de cerimônias formais e fatores culturais explicam a prevalência das uniões consensuais no Norte. Esse tipo de relação é comum entre populações ribeirinhas e comunidades tradicionais, que também demonstram maior aceitação social desse modelo. LEIA TAMBÉM: Maria e Silva lideram lista de nomes e sobrenomes mais comuns no Amapá; veja o ranking Amapá tem 806 mil habitantes, diz IBGE; Macapá concentra 60% da população Número de pessoas do Amapá morando em outros estados dobra em 12 anos, aponta IBGE União consensual é reconhecida por lei Mesmo sem registro em cartório, as uniões consensuais têm validade jurídica no Brasil. Casais que vivem juntos podem ter acesso a direitos como pensão, herança e inclusão em planos de saúde, desde que comprovem a convivência estável. O crescimento das uniões consensuais revela uma transformação nos hábitos e na estrutura das famílias brasileiras. O modelo tradicional de casamento, com cerimônia religiosa e registro civil, vem perdendo espaço para arranjos mais flexíveis e informais. O Censo também revelou que 34.374 crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos vivem em união conjugal no Brasil. Quase 80% são meninas. A prática é proibida por lei, exceto em casos excepcionais autorizados pela Justiça. No Amapá, esse número é proporcionalmente baixo, com 269 pessoas nessa faixa etária vivem em união conjugal. Segundo o IBGE, os dados são baseados em declarações dos moradores e não exigem comprovação documental. Por isso, podem incluir erros ou interpretações pessoais. Veja mais sobre o Censo: MAPA: Veja quantos estão em união conjugal e quantos moram sem parceiro ou parceira em sua cidade Censo: União sem casamento ultrapassa matrimônios pela 1ª vez no Brasil; relações interraciais crescem Brasil tem 34 mil crianças e adolescentes de até 14 anos vivendo em uniões conjugais, mostra Censo Aliança de casamento no dedo. Pedro Bolle/USP Imagens Veja o plantão de últimas notícias do g1 Amapá VÍDEOS com as notícias do Amapá: